sábado, 23 de fevereiro de 2019

Organizando Ideias (9 C e D) - Iracema


segue as respostas da atividade 

Questão - 1. Em meados do século XVIII, a Revolução Industrial inglesa inaugurava um novo tipo de sociedade, baseada no capitalismo industrial pautado no trabalho assalariado, na fábrica mecanizada e na livre concorrência. Naquele momento, a principal fonte de energia era o carvão e as matérias-primas fundamentais eram o ferro (para as máquinas e ferrovias), além do algodão e da lã, que supriam as grandes tecelagens movidas a vapor. Na segunda metade do século XIX, o aperfeiçoamento da fabricação do aço e, posteriormente, a descoberta do petróleo e o uso industrial da energia elétrica provocaram transformações significativas no processo de produção industrial. Essas mudanças, conhecidas como Segunda Revolução Industrial, reforçaram uma tendência anterior: a concentração de capitais e a formação de empresas cada vez maiores. A este novo tipo de economia, chamou-se de “capitalismo monopolista”, em oposição ao “capitalismo competitivo” da fase anterior.

Questão - 2. A concentração de capitais nas grandes empresas provocou a necessidade de investimentos em outros continentes, como a África, a Ásia e a América Latina. Também foi necessário ampliar o controle de fontes de matérias-primas (carvão, ferro, petróleo) e de merca dos consumidores para os produtos industrializados. As potências europeias tinham ainda interesse geopolítico na formação de impérios coloniais, por isso, observou-se uma associação de interesses entre o capital monopolista e os Estados nacionais europeus. Essa associação produziu um novo tipo de imperialismo, isto é, uma expansão econômica e militar promovida pelas nações industrializadas da Europa e, posteriormente, pelos Estados Unidos.

Questão - 3. A teoria da evolução defendida por Darwin explicava o surgimento e o desenvolvimento das espécies na Terra. Segundo Darwin, a seleção natural garantia a sobrevivência e a adaptação das espécies diante dos obstáculos da natureza, pois os seres vivos transmitiam a seus descendentes as características que ampliavam as chances de sobrevivência de sua espécie. A partir do século XIX, alguns cientistas procuraram aplicar as ideias evolucionistas para explicar as diferenças entre as sociedades humanas. Segundo esses pensadores, a humanidade era dividida em raças, sendo que algumas delas eram mais evoluídas e adaptadas que outras, cujo destino seria desaparecer do planeta. Porém Darwin não se referia aos humanos ao formular sua teoria, e sim ao conjunto dos seres vivos. No século XX, diversos autores e correntes de pensamento criticaram profundamente essa visão. Em 2003, os resultados do Projeto Genoma concluíram que não há “raças” humanas, mas apenas uma única espécie, cujas variações genéticas não chegam a 1%. Assim, pode-se comprovar cientificamente que as diferenças físicas e culturais entre os grupos humanos não eram consequência de uma suposta evolução distinta entre raças, mas era resultado de processos histórico-sociais distintos e da adaptação do ser humano aos diferentes ambientes.

Questão - 4. Os objetivos declarados do monarca belga eram promover ações humanitárias e científicas na bacia do rio Congo. Esse tipo de finalidade se justificava pela noção de “missão civilizadora” que sustentava a necessidade de levar aos “povos bárbaros” ou “primitivos” os valores da civilização ocidental e cristã. No entanto, os objetivos reais das medidas do rei Leopoldo II eram conquistar uma vasta região rica em minérios e subjugar a população do Congo ao domínio belga. Esses objetivos nunca eram declarados publicamente e todo o processo de dominação e controle dos continentes africano e asiático contou com justificativas humanitárias baseadas numa hipotética superioridade da civilização branca e europeia.

Questão - 5. A Conferência procurou evitar conflitos entre as potências europeias, dividindo o continente africano segundo áreas de interesse e dominação das nações europeias. Na prática, a Conferência retalhou todo o continente, com exceção de três regiões que permaneceram independentes (uma parte do Marrocos, a Etiópia e a Libéria). As fronteiras foram criadas por acordos diplomáticos e não levaram em conta as divisões étnicas e culturais dos povos do continente. Por isso, diversos conflitos regionais eclodiram desde o fim do século XIX. Esses conflitos se acirraram ainda mais no século XX, com o processo de independência das ex-colônias africanas.

Questão - 6. A conquista da Índia começou no final do século XVI, com a criação da Companhia das Índias Orientais, destinada a estabelecer uma atividade comercial sistemática com a Índia e  o Sudeste asiático. A partir de então, os ingleses instalaram feitorias em diversas cidades do subcontinente indiano (Madras, Bombaim, Calcutá, etc.). Assim, o território indiano foi pouco a pouco colocado na área de influência dos ingleses.
No início do século XIX, embora o imperador mongol fosse o governante nominal da Índia, o país era de fato um protetorado da Inglaterra. Em 1876, a Índia tornou-se oficialmente parte do Império Britânico, com a coroação da rainha Vitória.
A presença britânica afetou profundamente a cultura local, destruindo a tradicional economia indiana, especialmente, as manufaturas de algodão. Este longo processo de dominação estimulou o ódio dos indianos pelos britânicos, provocando rebeliões como a Revolta dos Cipaios, em 1857.

Questão - 7. Em 1839, a China destruiu carregamentos de ópio contrabandeados  por navios ingleses em portos chineses. A medida foi interpretada pela Inglaterra como uma violação às leis do livre-comércio, e o país declarou guerra à China. O conflito deu início à Guerra do Ópio (1838-1842), vencida pelos ingleses, que exigiram a abertura de portos chineses  aos produtos britânicos e a entrega da ilha de Hong Kong. Novos conflitos de 1856 e 1858 (Segunda Guerra do Ópio) impuseram novas derrotas chinesas e ampliaram ainda mais o poder britânico e francês sobre a região, graças ao pagamento de vultosas indenizações pelos chineses e a abertura de novos portos ao comércio internacional.

Um comentário: