quarta-feira, 16 de março de 2016

Do Caos aos Pré-Socráticos



Do Caos aos Pré-Socráticos

O filósofo é movido pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar a vida.
É movido pelo desejo de saber. Mas quando começamos a aprender filosofia, temos a impressão que ela é que um conhecimento que marca, que amar a sabedoria é função e ordem do saber, a partir daí passamos a identificar que a filosofia é a compreensão do todo o universo, expressada em vários momentos da história, é a partir daí que começamos a compreender através de cada parte histórica como surge as regras de pensamento.
Começamos sempre com a mitologia grega, que é à base de muitas aventuras e epopéias fantásticas que se tornaram os verdadeiros mitos gregos, ela é mais uma forma de demonstrar as origens e as ideias da ordem do mundo, que deuses e heróis são personificações na tentativa de explicar fenômenos naturais, que para sanar seus questionamentos e dúvidas, os gregos consultavam os oráculos. A transmissão das respostas era feita por sacerdotisas conhecidas como pitonisas. Um oráculo bastante famoso foi o de Delfos, do deus Apolo.
Assim quando falamos das lendas, deuses e semideuses, entendemos que é uma religião praticada na Grécia antiga, que esses quase humanos em aparências são imunes a feridas e ao tempo, que a sua personalidade dita a e sua forma física são partes da visão do mundo. A genealogia dos deuses (as primeiras ordens do mundo), é explicar que do Caos surgem desdobramentos, Erebus e Nix nascem do amor de Eros e o inicio da ordem da criação da terra tem Urano como seu esposo, assim surgem os Titãs, Ciclopes e Hecatonquiros.  
Ao explicar o mito grego e entender o lógos, a história tenta nos convencer de alguma forma e falar do panteão dos deuses é falar que eram associados aos aspectos da vida humana. Afrodite é a deusa do amor; Ares deus da guerra e Hades o deus dos mortos, senhor do tártaro. Na tentativa de personificar o mundo cada divindade, cada entidade da mitologia representa bem mais que seres transcendentes, algumas deidades como Apolo, Dionísio revelam uma complexidade, Hélios o (sol), Deméter deusa da colheita. Mais exemplos da ordem dos deuses, a divisão das gerações deles, demonstra a compreensão da ordem, onde aquelas que criam o universo os Titãs eram forças primitivas e poderosas forças da natureza. Os olimpianos aqueles que governam o mundo após a queda dos Titãs. Templos dedicados aos deuses, locais de encontro dessas divindades, sendo o Olimpo grego morada dos deuses, a maioria das cidades adoravam os deuses maiores com rituais peculiares e tinham para estes lendas igualmente próprias.
Sendo assim, quando não mais esse universo mitológico responde sobre o cosmos, esse mundo ordenado, as cosmogonias deixam de ser uma tendência de responder através da genealogia de deuses, a ideia agora da personificação dos elementos como água, fogo, terra e ar, de relações sexuais entre eles para explicar a origem de todas as coisas são uma nova visão de mundo.
A partir de agora a nova tentativa de responder essa ordem primordial esse princípio é através das cosmologias, ver que as intervenções externas e que o princípio ou princípios geradores e diferenciadores, a arché dos seres não são personalizados, já não são deuses, titãs “pessoas” e sim forças impessoais, naturais, a água de Tales de Mileto, o apeíron de Anaximandro que é indeterminado e infinito, aquilo que é Ar para Anaxímenes uma substancia, pneuma apeíron, e por fim aquilo que Pitágoras diz que os números são a ordem de tudo, a perfeição da realidade, são as novas ideias do surgimento do universo, Heráclito definia que a vida era impulsionada pela luta das forças contrárias, que o fogo é um elemento natural que gera transformações nos seres. Assim os pré-socráticos os primeiros naturalistas científicos surgem para responder ao mundo como a natureza, a physis representa o poder da ordem e da hamonia, simetria assim como Pitágoras já tinha dito. Filolau, Arquitas de Tarento, Demócrito, Parmênides com o imobilismo, são outros que contribuíram para o avanço da nova ideia filosófica, de um novo conhecimento. A nova Filosofia, ao contrário, se preocupa em explicar como e por que, no passado, no presente e no futuro (isto é, na totalidade do tempo), as coisas são como são não admite contradições – exige explicação coerente e racional.
Em uma nova perspectiva temos os sofistas, caracterizada pelo interesse no próprio homem e nas relações políticas do homem com a sociedade. Eram professores viajantes que, por determinado preço, vendiam ensinamentos práticos de filosofia. Ensinavam a Eloquência, a sagacidade mental e habilidade retorica. Podem até ser os mercenários da filosofia, mas praticavam o ensinamento a sua forma sem preconceito. São essas as questões pertinentes para a origem de um pensamento filosófico, numa perspectiva nova dentro do universo grego da sabedoria.





Texto Professor Alan Aparecido Gonçalves

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