terça-feira, 20 de outubro de 2009

Racismo e Preconceito



Dentro do conceito de racismo encontramos algo que chamamos preconceito, para tal vamos observar a dinâmica filosófica do estereótipo, do tipo "todos os alemães são prepotentes", "todos os americanos são arrogantes", "todos os ingleses são frios", "todos os baianos são preguiçosos", "todos os paulistas são metidos", etc. Fica assim evidente que, pela superficialidade ou pela estereotipia, o preconceito é um erro.

O tipo de preconceito mais freqüente em nosso país é o racial. O racismo no Brasil fica mais evidente quando o brasileiro identifica o negro com seu papel social.

O problema do racismo brasileiro é antigo. Tem início por volta do final do primeiro século de colonização, quando os portugueses constataram a impossibilidade de escravizar os índios. O negro, então, foi trazido à força para o país, para servir de escravo nas plantações de cana de açúcar. Independentemente da miscigenação, o negro e os mestiços sempre foram discriminados socialmente no Brasil.

A própria legislação brasileira, durante quase 500 anos, estimulou a discriminação e o preconceito. Nem após a abolição da escravatura e a proclamação da República, o negro deixou de ser discriminado. Só em 1988, com a promulgação da Constituição que está em vigor (art. 5º - inciso XLII), a prática do racismo passou a ser considerada um crime inafiançável e imprescritível.

Nazismo: um regime político racista

O Nazismo ou Nacional-Socialismo foi uma doutrina que exacerbava as tendências nacionalistas e racistas e que constituiu a ideologia política da Alemanha, durante a ditadura de Adolf Hitler (1939-1945). O pensamento nazista apregoava a superioridade cultural e racial dos alemães, que estariam vocacionados a impor-se sobre os outros povos da Europa. Elegeu como seus inimigos ideológicos o liberalismo e o comunismo, que estariam corrompendo as nações européias e pelos quais seriam os responsáveis o povo judeu.

Considerados como uma raça inferior, além de inimigos do regime, os judeus foram inicialmente discriminados e, depois, violentamente perseguidos. Não só na Alemanha mas em todos os países que foram dominados pelo nazismo, a partir de 1939, os judeus tinham seus bens confiscados pelo Estado e eram confinados em guetos. Com o início da guerra, passaram a ser utilizados como escravos. O ápice do projeto nazista para os judeus, entretanto, era a chamada "solução final", ou seja, o extermínio de todos os judeus europeus. Estima-se que seis milhões de judeus tenham sido massacrados pelo nazismo.

Vale, porém, lembrar que o furor do preconceito nazista não se restringiu aos judeus. Outros povos também foram perseguidos, como os ciganos, ou considerados inferiores, como os eslavos. O nazismo também perseguiu e confinou os homossexuais e chegou a instituir um programa de eliminação dos deficientes mentais da Alemanha.

a) Preconceito quanto à classe social:

É a tendência a considerar o "pobre" como um ser humano inferior, em função de sua pobreza, para prevalecer-se dele. A diferença social não pode ser transposta para o plano intelectual ou moral. Neste último, em especial, todos os homens desfrutam e devem desfrutar de uma mesma dignidade.

b) Preconceito quanto à orientação sexual:

É cada vez mais reconhecido, inclusive no aspecto legal, o direito de o indivíduo se relacionar sexual e afetivamente com outro(s) indivíduo(s) do mesmo sexo. A escolha sexual não interfere no caráter e não é obstáculo ao desenvolvimento de qualquer atividade. A homossexualidade (homo = igual), porém, ainda é muito discriminada no Brasil, o que é um resquício da sociedade patriarcal e machista que o país foi até cerca de 40 anos atrás.

c) Preconceito quanto à nacionalidade:

Entre nós, brasileiros, é freqüente tachar os portugueses de burros. Isso também é um vestígio do passado colonial: uma forma de nos vingarmos do povo que naquela época mandava em nosso país. Em São Paulo, no começo do século 20, devido à imigração, havia preconceito contra os italianos, chamados pejorativamente de "carcamanos". Na Argentina, há décadas atrás, os brasileiros eram chamados de "macaquitos", por supostamente imitarem as modas vindas dos Estados Unidos.

d) Preconceito contra deficientes:

Há uma grande diferença entre deficiência e incapacidade. No entanto, não é incomum que os deficientes sejam discriminados, particularmente em termos profissionais. Recentemente, o governo brasileiro tem desenvolvido políticas que visam a integrar o deficiente à sociedade e coibir a discriminação.

Xenofobia é comumente associado a aversão a outras raças e culturas. É também associado à fobia em relação a pessoas ou grupos diferentes, com os quais o indivíduo que apresenta a fobia habitualmente não entra em contato e evita.

Por esta razão Xenofobia tende normalmente a ser visto como a causa de preconceitos. Por exemplo, defensores do termo Homofobia acreditam que todo preconceito a Homossexuais provém de medo irracional (fobia).

Porém isto não é totalmente verdade. Xenofobia pode realmente causar aversões que levam a preconceitos raciais ou de grupos. Contudo nem todo preconceito provém de fobia. Preconceito pode provir de outras causas. Estereótipos pejorativos de grupos minoritários por exemplo, podem levar um indivíduo a ter uma idéia errada de outro grupo podendo ultimamente levá-lo ao ódio. (Não por medo, mas por desinformação. Exemplos: de que asiático é sujo, que muçulmano é violento, que negro é menos inteligente, etc...). Outra causa pode provir de ideais e conceitos preconceituosos, em que a causa não é fobia, mas conflitos de crenças. Esta causa é similar a anterior, porém é gerada por conflito de conceitos, não desinformação. Por exemplo, um grupo machista odiando homossexuais (por contrastar com sua forma de vida), religião pregando contra outras religiões (por conflito de conceitos), ideais políticos como o arianismo nazista etc..

Atividade

1. Cite três diferenças reais que os racistas veem suas vitimas;

2. Cite tres diferenças imaginarias que os racistas atribuem a suas vitimas;

3. Você consegue identificar o racismo sem o uso da linguagem falada?

4. Na sua familia ou com seus amigos, já aconteceu alguma forma racista?

5. Você conhece algum caso de racismo em empresas ou locais públicos?

6. Explique a xenofobia



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