terça-feira, 8 de setembro de 2009

Matéria de Sociologia Noturno - Globalização


A rapidez da internet parece uma ação meio mágica, além das relações que os indivíduos estabelecem no cotidiano. Veja que a internet imprime uma velocidade à vida cotidiana como se todos fossem ficar com mais tempo livre para o lazer. Será que realmente é assim, no cotidiano das pessoas que trabalham e necessariamente precisam da internet como instrumento de trabalho? Você conhece alguém que aumentou ou que diminuiu a sua jornada em função desta “mágica”? Com ela parece que o mundo ficou menor, ou mais Global?
Por exemplo, já reparou na roupa e nos acessórios que os jovens de outros lugares do mundo usam? Não é da mesma marca que o seu tênis, o seu celular, a sua televisão? No cinema, as estréias são mundiais, o que significa que você e os habitantes de outras regiões do globo podem assistir ao filme em uma curta diferença de tempo. E o que tudo isto têm haver com você? Você consome produtos, utiliza a internet, vai ao cinema... parece que tem muito!. Mas para entendermos o quanto ela interfere na sua vida vamos entender porque é que ficamos com a impressão de que o mundo ficou menor ou mais global.
Para isso vamos começar lendo os trechos das notícias que seguem:

Aumenta tensão às vésperas da cúpula do G-8
Gênova – Cerca de 20.000 policiais patrulhavam a cidade italiana de Gênova e seus arredores enquanto cerca de 50.000 pessoas realizavam nesta quinta-feira, às vésperas do início da cúpula do Grupo dos Oito (G-8), o primeiro de uma série de protestos contra a globalização e de maneira geral contra as políticas do Primeiro Mundo em relação aos países mais pobres. Foi um evento pacífico contra as restrições aos imigrantes. Em tom festivo, os participantes carregavam cartazes e gritavam palavras de ordem. Ambientalistas seguravam enormes balões verdes e uma banda tocava música. Mas a tensão aumentou no norte da Itália por causa de três falsas suspeitas de bomba, uma em Milão, outra em Florença e uma em Turim. A polícia italiana permanece em alerta máximo e mantém rígido controle nos 27 postos fronteiriços do país. (...) Grupos de imigrantes da África e da América Latina lideravam o cortejo, alguns carregando bandeiras de Colômbia, Argentina e Peru. Havia cartazes com as mais diversas reivindicações, como a de integrantes da comunidade curda na Europa, pedindo a libertação do líder rebelde Abdullah Ocalan e “paz no Curdistão”.

Polícia bloqueia acesso a local de reuniões da OMC em Hong Kong
Polícia e manifestantes contra a OMC (Organização Mundial do Comércio) voltaram a se enfrentar nas ruas de Hong Kong neste sábado, no dia dos confrontos mais violentos desde o início da reunião da organização, na terça-feira (13). As principais entradas do centro de convenções onde acontece a reunião foram trancadas e guardadas por grupos de policiais. Os grupos de manifestantes são formados principalmente por agricultores sulcoreanos e ativistas de países do sudeste asiático e europeus que se opõem à liberalização do comércio global. De acordo com a rede de TV local, cerca de 30 pessoas ficaram feridas. A polícia, no entanto, informou que o confronto deixou cinco feridos, incluindo um policial. Cerca de 10 mil ativistas antiglobalização estão em Hong Kong para protestar contra a reunião da organização, que tenta chegar a um acordo sobre a liberalização do comércio mundial. Dos manifestantes, 2.000 são fazendeiros sul-coreanos, considerados o grupo asiático que mais se opõe à abertura do comércio agrícola. A manifestação começou de forma pacífica, com os manifestantes levando rosas e balões amarelos, nos quais se lia o slogan “Não, não OMC”.O aumento no número de ativistas, no entanto, levou alguns deles, mais próximos às barreiras, a empurrar alguns policiais.


Com a leitura dos trechos das notícias acima você pôde perceber que existem reuniões entre os representantes dos países ricos, em alguns lugares do mundo e que existem pessoas que são contra elas. Se você leu com atenção observou que essas pessoas se reúnem para protestar contra o G-8., FMI, OMC. São siglas que vão aparecer nos noticiários de jornais e são relativas à globalização. Globalização novamente! O que isto tem a ver com a sociedade em que vivemos? Bem, vivemos numa sociedade capitalista que está organizada a partir da valorização do capital, isto é, a riqueza que é propriedade do capitalista. Esta é empregada no processo produtivo – novas tecnologias, novas matérias-primas, novas fábricas – e possibilita que um novo acúmulo de riqueza/capital seja gerado. Este acúmulo ocorre a partir da extração da mais-valia que pode ser absoluta quando o trabalho se estende em jornadas longas ou além da jornada estipulada legalmente, ou relativa que é gerada pela produção de mais produtos via a utilização de novas
tecnologias que intensificam a produção.

O funcionamento desta sociedade em que se produz muitos objetos que serão consumidos não é harmônico. É uma sociedade que tem um desenvolvimento baseado em contradições – problemas que a humanidade ainda não resolveu, como a fome entre as populações carentes em quase todas as regiões do mundo. Estas contradições podem gerar crises para o funcionamento da sociedade.
Crise? Você sabe o que é uma crise? Já ouviu alguém dizer que está em crise? Observe que quando a pessoa afirma isso, ela está querendo dizer que existem problemas que precisam de soluções, mas que estão difíceis de serem encontradas. E o que isso tem a ver com os problemas
que a sociedade capitalista encontra para funcionar?

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